segunda-feira, 5 de março de 2012

A MÁQUINA DO TEMPO • Torre /Ponte nas Janelas Verdes, em Lisboa














Images from Le Corbusier’s Vers Une Architecture (1923), first English translation (Towards a New Architecture) 1927.

Airplane is the product of a close selection.
The lesson of the airplane lies in the logic which governed the statement of the problem and its realization.
Nevertheless there do exist standarts for the dwelling house.
Machinery contais in itself the factor of economy, which makes for selection.
The house is a machine for living in.
(…) a great epoch has begun.
There exists a new spirit.
Industry, overwhelming us like a flood which rolls on towards its destined end, animated by the new spirit.

Le Corbusier
Towards a new architecture


Na sequência dos anos anteriores o exercício de iniciação ao projecto urbano-arquitectónico parte da unidade mais elementar do arquétipo da CÂMARA formada pelo espaço-limite de um recinto encerrado definido por paredes, pavimento e tecto.

A imaginação arquitectónica, para além de assentar na atitude mimética (imitação disciplinar de paradigmas arquitectónicos de referência), tem ampliado a sua criatividade através do pensamento metafórico, a partir de analogias poéticas com formas provenientes da natureza.

Entre as várias metáforas naturais - cosmológicas, orgânicas, antropológicas, minerais... - encontra-se a METÁFORA DA MÁQUINA, que desde a antiguidade, da mecânica do universo, surge associada à leitura do tempo, à presença das torres de relógio na cidade medieval, à idade moderna da física mecanicista newtoniana, passando pela revolução industrial e pela arquitectura do ferro, à contemporaneidade do espaço-tempo da relatividade, mecânica quântica e mundo digital.

A metáfora da máquina tem impulsionado a criatividade arquitectónica, urbana e artística em inumeráveis referências: Vitruvio, Brunelleschi, Leonardo Da Vinci, Paxton, Eiffel, Frank Lloyd Wright, Le Corbusier, Bauhaus, construtivistas, futuristas, Pierre Charreau, Jean Prouvé, Buckminster Fuller, Yona Friedman, metabolistas, archigram, High-Tech.

A metáfora da máquina deverá servir de desencadeador imaginário permitindo um deslizamento criativo para o campo arquitectónico. A TORRE e a PONTE constituem as matrizes que servirão de base ao entendimento teórico e prático dos vários conceitos e elementos de composição (forma topológica, forma geométrica e forma estrutural), espaço, limite, escala, proporção, ritmos, luz-sombra, transparência, reflexos... 

A inserção progressiva de um valor de uso, destinado a MUSEU DO RELÓGIO, de uma materialidade construtiva - o AÇO - e de um contexto (Janelas Verdes – Doca Rocha Conde de Óbidos), alargarão o exercício ao entendimento habitável, técnico-construtivo e ambiental que deverá atender aos elementos de enquadramento relacionados com a eleição de um lugar que deverão actuar na dinâmica transformativa da composição.

(do programa do exercício)

Responsável Científico da Disciplina: Prof. Catedrático Jorge Cruz Pinto

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