Ferro - Por fusão, perde excesso de carbono. Adicionando
uma quantidade específica de carbono, obtém-se o aço.
A partir do final do séc. XVIII, começou a ser usado na
construção de pontes e nas estruturas de certos edifícios, tendo-se
generalizado a aplicação no séc. XIX, que culminou na Exposição Universal de
1889, com a Torre Eiffel e a Galeria das Máquinas de Dutret e Contamin.
O primeiro ferro a ser usado foi o fundido, que se deita num
molde podendo adquirir qualquer forma.
O ferro forjado permite grande efeito decorativo e caracteriza
muitas das decorações Arte Nova. É trabalhado a quente, a martelo ou malho, ou
por compressão na prensa.
F. quadrado - barra de ferro de perfil quadrado, obtida por
laminação.
F. em duplo T - barra de ferro com perfil em forma de H. É o
perfil laminado mais corrente.
F. galvanizado - ferro coberto por uma camada de zinco, para o
proteger da corrosão.
F. hexagonal - barra de ferro de secção hexagonal, obtido por
laminação.
F. Isteg - ferro especial para cimento armado que se forma
torneando duas barras de aço mantendo invariável a distância entre as mordaças
que agarram os extremos das barras, com o que o aço sofre simultaneamente um
esticão e um torcegão.
F. laminado - barra de aço doce com secção de forma especial,
obtida por laminação.
F. plano - faixa de ferro obtida por laminação cuja largura
costuma estar compreendida entre 10 e 230 mm, com uma espessura de 1 a 45 mm.
F. redondo - barra ou vara de ferro de secção circular obtida
por laminação.
F. em T - barra de ferro laminado com este perfil.
F. em U - barra de ferro laminado com este perfil.
É dos elementos de grande interesse na arquitetura, pois a sua
aplicação vai do betão armado até ao corrimão de escada.
(algumas das secções supracitadas também se aplicam ao aço)
Aço - Composto de ferro e de carbono susceptível de adquirir pela temperatura (isto é, por um brusco arrefecimento sucedendo a uma temperatura muito elevada) grande resistência. Apesar do conhecimento desde a mais remota antiguidade, o seu uso na técnica da construção só foi possível depois da sua produção industrial, conseguida pelo convertor de Bessemer (1855). Juntamente com o vidro e o cimento, é usado de forma decisiva desde a segunda metade do século XIX e constitui parte de um movimento importante na marcha da arquitetura contemporânea.
Fonte: HENRIQUE PAIS DA SILVA, Jorge; CALADO,
Margarida, Dicionário de Termos de Arte e Arquitectura, Editorial Presença,
Vol. 7, 1ª Ed., Lisboa, 2005, pp. 41, 92, 93, 94, 242
Maria Carvalho Araújo (MIAINT)
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